domingo, 14 de novembro de 2010

No berço do renascimento...

A essa altura da viagem, nossas malas já estavam lotadas e, a cada cidade, acumulávamos mais coisas. No trajeto Verona - Firenze, estávamos carregando as nossas duas malas gigantes, nossas duas mochilas abarrotadas de castanhas, queijos, chocolates, sabonetes e lembrancinhas diversas e uma outra bolsa com as duas máscaras de Veneza.

Obviamente compramos passagens para o trem de alta velocidade, mas ainda assim ficamos receosos e chegamos com antecedência na estação para podermos nos acomodar melhor.


Apesar de todo o nosso cuidado, quando entramos no trem, o mesmo já estava cheio e sem espaço para colocar as nossas malas grandes. Subimos no vagão com todas as nossas coisas e saímos andando pelo corredor procuramos nossas poltronas...


Apesar de termos escolhido na hora da compra, passagens no último banco do vagão, estávamos localizados ao final do vagão, mas com as duas poltronas do corredor do penúltimo banco e não do último, um detalhe que faz toda a diferença quando se está com muita bagagem.


A nossa sorte foi que Thiago colocou a mala dele em cima de uma das poltronas para liberar o corredor para outros passageiros e o dono da poltrona chegou, pedindo para sentar e tal... O dono da poltrona estava com a esposa e um estava na janela ao lado do Thiago e a outra no banco atrás, que é sozinho. Na hora, Thiago perguntou se ele se importava de mudar de lugar e logicamente ele não se importou, ficando ao lado da esposa no local com 2 bancos e deixando Thiago no local de um banco só, que tinha espaço suficiente para acomodarmos as nossas malas. Ufa! Deu tudo certo! A partir daí a viagem de trem foi só tranquilidade...!


Chegamos em Firenze por volta de 10h, pegamos um taxi e fomos direto para o hotel.


Nosso hotel foi uma excelente escolha... Era um do tipo relais, todo clean e moderno e com dois donos bem simpáticos.



Após nos acomodarmos, fomos andar pela cidade. Como fazia frio em Firenze! Achamos que na Toscana estaria um pouco mais quente, mas como o tempo estava bem nublado, passamos muito frio!


O hotel que nos hospedamos é muito bem localizado e logo que saímos da recepção e começamos a andar na rua, avistamos a Basilica de Santa Maria dei Fiori ao longe. Ficamos muito animados, nada como começar um passeio já avistando um ponto turístico!


Admito que a basilica parecia mais perto do que realmente era, e quando chegamos a Piazza onde a mesma se localiza e visualizamos a grandiosidade da basilica, percebemos que ela pode ser vista de muitas partes de Firenze.



Entramos na enorme basilica, onde pudemos observar as paredes, esculturas e a bela pintura da cúpula, lá em cima!



Descemos para visitar o antigo batistério e resolvemos subir a cúpula, para ver de pertinho a pintura do teto e a vista da cidade e acabamos enfrentamos nossa primeira fila para visitar atração turística na Itália... Nem mesmo no Vaticano pegamos uma fila desse jeito. A fila era longa e andava vagarosamente. O cansaço do nosso ritmo de viagem já começava a pesar e a espera foi bem desgastante.


Quando chegou a nossa vez de subir, descobrimos que tínhamos mais de 400 degraus pela frente... A subida cansa, mas aquela altura da viagem, já estávamos acostumados a subir muitos degraus e a andar muito e levamos na boa, dentro do possível. Quando a cúpula vai se aproximando a subida fica super estreita e extremamente íngrime, o que dá uma certa tensão, principalmente na hora de descer.


Lá no alto, quando estamos quase chegando ao topo, passamos por um corredor que circunda a cúpula e podemos ficar bem pertinho da pintura do teto. Linda! Lembra um pouco a Capela Sistina.



A vista 360 graus da cidade de Firenze compensa o esforço... Molto bella!



Andamos mais um pouco pela cidade, passamos pela loja da Ferrari...


... e pela tradicional ponte Vecchio sobre o rio Arno.



Firenze "respira" arte e, mesmo para quem não gosta muito de história, ou não entende muito de arte, é muito encantador andar pelas ruas e ver aquelas enormes escultura de mármore, da cidade que foi o berço do renascimento na Itália...



Ah, e as lojas de souvenir são um atrativo à parte, com mil quadros, livros e tudo mais que se possa imaginar dos artistas fiorentinos... Compramos vários itens, e ficamos com vontade de comprar muito mais!


Voltamos cedo para o hotel, pois precisávamos descansar um pouco... Ainda tínhamos muita viagem pela frente! =)


terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ruínas de um palácio com vista panorâmica do lago de Garda

No dia seguinte ao Parco Natura Viva, planejamos passear no Lago de Garda.

Inicialmente alugaríamos um carro para conhecer
as cidades que beiram o lago, porque falam que as estradas tem cada vista espetacular, mas como não conseguimos alugar o carro, acabamos resolvendo conhecer o lago de barco.

Não nos arrependemos, o lago de Garda é o maior lago da Itália e é simplesmente lindo! Cada lado que se olha tem uma paisagem mais interessante
Passeio super recomendado para pes
soas de qualquer idade!

Pegamos o trem de Verona para Desenzano del Garda (uma d
as cidades que beiram o lago) e de lá, após uma pequena passegiata num frio de rachar, pegamos um barco para a cidade de Garda. O barco parou em algumas cidades para deixar passageiros antes de chegar a Garda, e cada parada era um lugar mais belo. O dia de céu azul completou a paisagem.

Em uma das cidades que o barco parou, a cidade de Sirmi
one, logo que atracamos, pudemos ver um castelo bem próximo ao cais.

Achamos muito in
teressante e mal podíamos esperar o que vinha em seguida: ao nos afastarmos de Sirmione de barco, apareceram umas ruínas bem na costa, uma paisagem linda! Ficamos encantados... De longe, as ruínas lembravam a Ilha de Páscoa...!
Seguim
os até Garda, almoçamos e passeamos um pouco.


A idéi
a inicial era ir de barco até Riva del Garda, para fazer um giro no lago, mas resolvemos pegar um barco e voltar para conhecer Sirmione, a cidadezinha que nos chamou tanta atenção.

Sirmione é uma cidade aconchegante desde o momento que o barco atraca no cais. Após poucos passos, achamos um gelato delicioso (cioccolato fondente reina! rs) e logo depois o castelo Rocca Scaligera.

O castelo em si é enorme, muito bonito, conservado e imponente, mas o melhor
mesmo é subir até o último andar e ver a vista do lago... Deslumbrante!

A gente estava descendo as escadas de uma das torres do
castelo, e um italiano de uma certa idade acompanhado de sua esposa nos parou para perguntar se o que tinha lá em cima e se valia a pena. Respondemos e tal e depois de falar que era só a bela vista, que ele se ligou que a gente não era italiano e pediu desculpas por ter perguntando! hahaha Nesta altura da viagem, a gente já estava passando até por italianos...

Após o passeio do castelo, fizemos uma bella passegiata a beira do lago,


contornando a bela península (vimos até esquilo no meio do caminho!)

e chegamos as ruínas
de um grande palacete romano chamado de Grotte di Catullo. Na chegada, muitas oliveiras completavam a paisagem!

Logo na entrada já ficamos entusiasmados, porque pela primeira vez em todos os passeios que fizemos na Itália, tinha a explicação em portugues do que eram as ruínas e tal... 1000 pontos para o Lado de Garda neste aspecto!
Andamos muito pelas ruínas... Muito bonitas e a vista então... Espetacular! Não imaginava que o lago de Garda fosse nos oferecer algo assim...
Após a visita as ruínas, voltamos ao cais, pegamos
um barco para Desenzano del Garda, refizemos a passegiata até a estação de trem e voltamos para Verona. Pensamos em jantar no "Medieval Times" que fica num parque temático localizado numa cidade próxima a Verona, mas já calejados do dia anterior, preferimos não nos arriscar em cidades que depende-se exclusivamente de ônibus. Jantamos uma bela pizza numa cantina tradicional italiana e não nos arrependemos da escolha! A noite foi de arrumação de malas, pois no dia seguinte, bem cedo, partiríamos de trem para Firenze, a cidade berço do renascimento italiano!

sábado, 6 de novembro de 2010

Um safari na Itália...

Nos já voltamos ao Brasil, mas devido aos inúmeros pedidos, vamos continuar nossas aventuras pela Itália no blog...

Quando chegamos ao hotel em Verona, eu peguei uns folhetos de passeios para ler e entre eles, tinha um do Parco Natura Viva. O folheto me chamou muita atenção porque falava sobre um safari e eu tenho muita vontade de ir para a África e fazer um safari. Lógico que eu estou na Itália e sei que não tem como ser a mesma coisa, mas eu fiquei muito animada. Thiago não se animou muito, foi mais para me agradar e para ver o que o parque tinha a oferecer.


O parque fica em Bussolengo, que é uma cidade muito pertinho de Verona e no folheto dizia que do terminal de ônibus de Verona tinha ônibus direto para o parque, em certos horários.

Na quinta, resolvemos acordar um pouco mais tarde e ir visitar o parque. Fomos para o terminal no horário do ônibus e ao chegarmos lá, descobrimos que não tinha ônibus direto, mas a atendente do guichê falou que tinha ônibus saindo de Verona naquela hora para Pastrengo, uma cidade vizinha a Bussolengo e que a gente podia ir andando para o parque, que eram 2 km. Simples assim. Ou ao menos pareceu... Perguntamos como fazer e compramos nossos bilhetes, tudo totalmente no impulso (eu admito: mais impulso meu do que do Thiago!). Perguntei ao motorista onde deveria descer e ele disse que me avisaria.

De repente, no meio de uma auto estrada sem acostamento, o motorista para e fala que é para a gente descer e que é só a gente seguir em frente sempre. O ônibus virou no trevo bem a frente de onde nos deixou e lá ficamos nós meio atordoados no meio da auto estrada. Sem ter o que fazer, fizemos o que o motorista nos disse: seguir sempre direto!


Logo a frente vimos uma placa indicando o caminho para o parque... Ficamos mais tranquilos, o parque deveria estar perto.

Andamos, subimos, descemos... De repente em cima de um viaduto, vimos lá embaixo a placa indicando o caminho do parque! Estávamos seguindo o caminho como se estivéssemos de carro, e acabamos dando mais volta! Ao fim do viaduto, tinha uma parte que dava para descer e lá fomos nós morro abaixo a caminho do parque.

Andamos por volta de meia hora e finalmente chegamos ao parque. Alívio!



Chegando lá a primeira coisa que perguntamos foi se tem algum ponto de taxi perto para nos deixar em Pastrengo. A atendente nos falou que não tinha ponto, mas que poderia chamar um para a gente. Ficamos mais tranquilos e fomos aproveitar o passeio. O parque é dividido em duas áreas, uma de safari e uma de parte faunistico. Compramos o ingresso para as duas e alugamos o jipe para o safari.

Logo ao entrar no safari, vimos e uma girafa (como todo o seu esplendor!) no meio da estrada. Ao recebermos o bilhete para entrar no safari, as regras eram bem claras: não abrir o vidro, não sair do carro e não alimentar os animais. A parte do abrir o vidro a gente (e todos os outros carros tb!) pulou, quem consegue ficar de vidro fechado com uma girafa do seu lado?
Gostei tanto, que deixo aqui no blog a foto e o vídeo!




Vimos também muitos outros bichos soltos pelo safari, como zebras, macacos, rinocerontes e um leão (lindo, mas que não se deixou fotografar!).

Para mim já tinha valido todo o esforço para chegar ao parque!

Terminado o safari, devolvemos o carro e fomos comer no Simba Self, um restaurante "self service" à moda italiana, que nós levamos um certo tempo para entender como funcionava. Na verdade de "self service" o restaurante não tem nada, porque é uma pessoa que te serve e você não paga pela quantidade que comeu (em Kg), vc paga pelo tipo de prato que escolheu (insalata, primo piatto, secondo piatto...). Ou seja: acabei com uma bandeja com insalata (queijo parmeggiano e presunto de Parma), primo piatto (massa) e secondo piatto (peito de frango cozido)... Não consegui comer nem a metade e paguei por 3 pratos! Enfim...
Terminamos de comer e fomos para o faunistico. Muito leal também. Amplo, sem grades, arborizado... Diferente de qualquer zoologico que eu tenha visitado no Brasil. Só não concordei com a parte da fazendinha que tem filhotes de cabrito e carneiro e uma máquina (tipo essas de bala) onde você coloca uma moeda e sai um pouquinho de ração. Absurdo total. Controle zero da quantidade de concentrado que os animais comem!
Entramos na fazendinha e os animais já habituados em receber a ração, ficaram nos seguindo... Mas logicamente eu não comprei nada!

Na parte da fazendinha tinha um espécie de bisão americano que estava bem perto da cerca, aí eu fui lá "trocar uma idéia" com ele e tomei uma chifrada no braço! Sorte que não machucou!

Demos uma passada rápida pela parte de animais extintos, porque já estava ficando tarde... Tem vários tipo de dinossauros, em tamanho real, muito bem feitos! As crianças ficam loucas! rs


Algumas cenas muito marcantes do Parco Natura Viva:


-> Na parte dos macacos, um garotinho se debruçou na cerca e caiu de cabeça dentro do cercado, vídeo cassetada mesmo!

-> Na parte dos tigres, uma menininha sentada de costas, encostada no vidro que nos separava do tigre implicando com o coitado e o tigre desesperado indo e voltando, querendo arranjar um jeito de ultrapassar o vidro. (Detalhe: os pais estavam vendo e não mandaram a garotinha se afastar). Nos ficamos lá observando e foi só a garotinha sair, que o tigre acalmou e saiu de perto do vidro.

-> Em todo lugar que a gente ia, aparecia um pavão solto, sem medo de turistas, atrás das migalhas de biscoito, pipocas... Fomos embora do parque sem saber se tinham vários pavões no mesmo esquema ou se era um pavão maratonista que estava seguindo a gente pelo parque todo! Apelidamos o pavão de escatenado (Depois Thiago terá o prazer de explicar o significado).

-> Na parte dos ursos, presenciamos a melhor de todas: estávamos vendo os ursos e eis que de repente, um deles se levanta e, apoiado apenas nas patas traseiras, anda de costas, ao estilo moonwalking. Rimos muito! Coisas que só a natureza proporciona! Não conseguimos fotografar o exato momento, mas o urso dançarino é o da esquerda!

-> Na parte dos leopardo, pudemos ver um filhote brincando feliz e contente com seus brinquedos e fazendo malabarismos com a bola... LINDO!

-> Na parte dos hipopotámos, nos divertimos vendo um filhotinho correndo e um adulto mergulhando e depois respirando... Muito lindo!

-> Próximo ao local do tigre e do leão, tinha uma placa muito bem humorada falando para a gente não se preocupar se observar algum pedaço de roupa junto aos animais... Avisava que os animais 'ainda' não tinham comido ninguém e que eles usavam os panos para colocar alimento para os animais.

-> Na parte dos cisnes, nos divertimos vendo um cisne se alimentar... Ele enfiava a cabeça dentro da água um tempão e depois subia para pegar ar e voltava novamente... Isso repetidas vezes...

Aproveitamos bastante o Parco e saímos era um pouco mais de 17h. A entrada do parque era até às 17h e obviamente quando passamos pela bilheteria, não tinha ninguém para chamar um taxi para a gente. Fomos a lanchonete nos informar e a atendente nos disse que não tinha ônibus para Pastrengo e que não tinha telefone de nenhum taxi. Ela nos aconselhou procurar o segurança do parque ou ir até o posto de gasolina que fica na saída do parque para ver se tinha algum ônibus. Não vimos nenhum segurança no caminho e seguimos para o posto. Fomos informados que aquela hora não tinha mais ônibus e que um taxi para nos levar a Pastrengo ficaria muito caro, porque teria que sair de outra cidade para nos pegar em Bussolengo, já que Bussolengo não tem ponto de taxi. A solução dada pelo atendente foi a "bella passegiata" de 2km "sempre dritto" até Pastrengo. E lá fomos nós pela estrada de novo... O atendente só esqueceu de nos avisar que a " bella passeguata" era só subida!

Chegando em Pastrengo, achamos a piazza onde era o ponto de ônibus e fomos comprar as passagens. Era por volta de 18h. ainda nem tinha escurecido. Sentamos no banquinho do ponto e ficamos revivendo os acontecimentos do dia para passar o tempo... De repente, depois de uns 20 minutos, surge um ônibus... Mas obviamente ele não ia para para Verona. Sentamos e esperamos mais. Depois de mais uma meia hora, surgiu mais um ônibus, mas que também não ia para Verona. Depois das 19h e começou a nos dar um certo desespero porque começamos a achar que não tinha mais ônibus para Verona. Tentamos entender a placa que indicava os horários e as linhas, mas é muito complicado entender o que eles chamam de "giorno festivo" e "giorno feriale" - porque só tem essas 2 opções na placa! Thiago foi perguntar sobre os horários na tabacaria (onde se vende as passagens) e a resposta foi que os horários estavam na placa. Se a gente conseguisse decifrá-la seria bem mais fácil!
19:30h eu fui comprar um cartão telefônico porque as poucas lojas da pequena praça de Pastrengo estavam fechando e se não passasse ônibus, teríamos que ligar para um taxi de Verona ir nos pegar.
Depois de 2h de esperando no frio, sem saber se o ônibus apareceria, surge o nosso ônibus para Verona! E tinha até lugar para sentar! Ufa! Essa foi a nossa sensação no momento!

Descemos do ônibus bem pertinho do hotel e compramos um sanduíche para comer no quarto, porque estávamos exaustos!


segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Gente fina é outra coisa!

Muito felizes com o dia anterior, em Veneza, resolvemos visitar Milão no dia seguinte. Pegamos um trem veloz, porque estávamos cansado e chegamos na cidade em aproximadamente 1 hora. O trem Regional, que é o mais barato, levava quase 3 horas, parava em muitas estações.

Milão é a capital financeira da Itália, assim como São Paulo é no Brasil, inclusive Milão também não tem praia, rs.

Sem sair da estação de trem, já é possível pegar o metrô para os principais pontos da cidade. Se eu não me engano, em Milão existem 4 linhas de metrô, portanto é possível se locomover facilmente na cidade.

O nosso objetivo em Milão era visitar a piazza principal, Piazza dell Duomo com a sua enorme catedral Duomo, depois passear pelas ruas mais famosas em termos de compras, conhecido como quadrilátero fashion.
E claro, no final da tarde, visitar o estádio de futebol Giuseppe Meaza, no bairro San Siro.

Chegando em Milão, já entramos no metrô, que apesar de ser organizadíssimo, em termos de horários previstos dos trens e na rapidez, não é muito confortável e "bonito". As estações e os trens do metrô carioca levam ligeira vantagem nesses quesitos. O metrô já nos deixou na Piazza dell Duomo, de frente para a catedral.

O Duomo de Milão, como é conhecida a catedral gigantesca, começou a ser construída no século XIV, e levou mais de 400 anos para ficar pronta. Não sei exatamente por qual motivo demorou esse tempo todo, mas ela é belíssima, o seu tamanho é surpreendente.


Outra coisa que percebemos assim que chegamos na piazza, era o número anormal de policiais que estavam ali. No dia anterior, eu tinha lido algo na internet sobre mensagens do Bin Laden ameaçando Paris, e por um minuto pensei nesse detalhe.

Ignoramos um pouco esse fato e entramos na Duomo. O seu interior também surpreende, não chega a ser tão surpreendente quanto a basílica de St. Pietro, mas ela tem os seus detalhes interessantes. Diversos mosaicos e vitrais muito bonitos, um painel de ouro com figuras representando passagens da Bíblia e o Batistério, escavações da original basílica Duomo, do século 4.

Após visitarmos a catedral Duomo, fomos para a Galleria Vittorio Emanuele II, uma galeria comercial com as lojas mais caras da Itália, ou quem sabe, do Mundo, rs. Foi só de passagem mesmo, porque se comprássemos qualquer acessório ali, não teríamos dinheiro pra voltar pra casa. Pra ser sincero, dava pra comprar um big mac, porque tem um mcdonalds, meio que nada a ver ali dentro. Ah, e tinha uma loja da TIM também?!?!


Em compensação, ao lado da loja Gucci, tinha um "café", da própria. E outra marcas famosas italianas têm os seus próprios espaços gourmet. Muito chique, né?!?


E o número de policiais tinha aumentado absurdamente e o de pessoas também. Do nada começava um falatório alto, quando olhávamos não víamos nada, começava outro e nada da gente descobrir. Comecei a reparar pessoas com camisas de um time inglês de futebol. Aí eu fui me tocando de que poderia ter um jogo desse time inglês com o Inter de Milão. E justo um jogo no campeonato mais importante de clubes do mundo, a Liga dos Campeões da Europa. Mas é claro que isso só vai importar para os meus amigos homens que acompanham o blog, rs.

Logo depois a piazza estava tomada por torcedores ingleses, bebendo suas canecas de cerveja, brindando e cantando todos juntos, ecoando a música na praça. Lembrei logo dos Hooligans, mas o time inglês não era de muita expressão, tipo um Botafogo da vida, então fiquei mais tranquilo.

A tarde fomos para o tal quadrilátero fashion, que são 4 ruas longas com lojas de grife por sua extensão. Andávamos na rua e passávamos por Gucci, Prada, Dolce & Gabana, Armani, Prada, Gucci, Armani Casa Versace, Zara Casa, Armani Kids, Prada e envolvidod por esse ar consumidor, eis que surge uma humilde Swatch, com preços justíssimos, o resultado foi avassalador, alguns relógios na bolsa e fomos embora rapidamente dali.

Papo de homem

Antes de terminar o passeio no quadrilátero fashion um último detalhe, andando em uma dessas ruas, fiquei impressionado com um smart (aquele carro pequenino) todo preto, chapado, todo cheio de estilo. Um quarteirão depois, surge um ronco de uma Ferrari, igualmente toda preta chapada, sem brilho nenhum. O smart literalmente ficou pequeno...

O único passeio que faltava em Milão era a visita que eu queria fazer ao estádio de futebol. Só que era dia de jogo, e como era um campeonato importante, o jogo passou a ser um evento de um dia inteiro. O jogo começaria as 20h45, mas desde o momento que chegamos a cidade já respirava o jogo. Suspeitei que o estádio estaria fechado para visitação às lojas e ao museu, mas fomos mesmo assim.

De metrô, fomos ao estádio, já começava a ficar lotado e foi uma aventura. Ao chegar no estádio, o meu medo foi confirmado, fechado por causa do jogo, só abriria no dia seguinte. Se quisesse entrar, seria pra ver o jogo.
Mesmo começando tarde, pensamos em assistir a partida, mas seria loucura, pq de acordo com os horários de trem de volta, chegaríamos no hotel em Verona às 3h da manhã.


Ficamos curtindo um pouco do lado de fora, vendo os torcedores chegando em massa ao estádio e depois fomos embora. No caminho de volta uma multidão já tomada o metrô, sorte que estávamos indo contra o fluxo.


Chegamos na estação de trem com 20 minutos de antecedência do nosso trem sair. Mas devido ao tamanho absurdo da estação, não conseguimos achar a bilheteria em tempo suficiente e esperamos o trem mais uma hora.
Depois de uma dia cansativo, isso faz uma diferença...