sábado, 30 de outubro de 2010

Descobrindo Verona...

Acordamos cedo, com as malas prontas, pois pegaríamos o trem das 9h. Admito que o clima foi de tristeza, por deixar a casa da Vanna e ter que nos despedir da Iuna. O trem saia de Reggio Emilia rumo a Verona, pois Castelnovo não tem estação de trem. Compramos neste horário porque a Iuna tinha que trabalhar em Reggio e nós pegaríamos uma carona.

A manhã em Reggio era muito fria, devia estar uns 5 graus. Acordamos 6h30 para esperar a Iuna uma hora depois. Como vocês perceberam antes, a Iuna sempre estava com pressa, então combinamos ficar do lado de fora com as malas as 7h30. E o que aconteceu? Justo nesse dia a Iuna se atrasou, uns 15 minutinhos, mas que pareceram uma eternidade. Passamos um frio do lado de fora que vocês não tem idéia.

Mas no final deu tudo certo e partimos para Verona.

Verona

Dessa vez a viagem de trem era rápida, mas estávamos com mais peso (troféu do samba da Pri, parmegiano reggiano, etc...) e teríamos que trocar de trem em Bologna.

O primeiro trem foi uma beleza, frecciabianca, com um lugarzinho esperto para colocar as malas. Mas o segundo, que era um trem bom também, eurostar, não tinha como guardar as bagagens, outro sufoco. Mas esse não teve comparação com o de Roma - Reggio, foi muito mais rápido.

E depois de passar mais um sufoco no trem, chegamos em Verona e pegamos um taxi até o hotel, um volvo perua muito maneiro. A cidade é muito bonita, com montanhas ao fundo, fazendo uma paisagem das mais belas que vi, em cidades grandes.



Chegando no hotel, uma bela surpresa, além da localização excelente (5 minutos da arena e 10 minutos da estação de trem, a pé), ele tinha um estilo tradicional, com um hall muito bonito, elevador, recepção 24h, carregador de mala, quarto amplo, tv flat, frigobar, ar condicionado e tudo o que tinha direito arrumado no booking, 2 dias antes, com mais de 50% de desconto.

Deixamos as nossas coisas e fomos direto passear na cidade. Começamos pela arena que era do lado do hotel. Estranhamos não vê-la antes de chegar, mas quando vimos entendemos o porque, ela é um mini coliseu.


Ao chegar na arena, fomos direto a lojinha que fica embaixo da arena, ou melhor dentro da arena, mas a entrada é pelo lado de fora. Vimos em muitos blogs antes de viajar que essa loja era muito boa para comprar souvenir, mas não foi o que esperávamos. Alguns itens até interessantes, porém caros, além de pouca variedade, pois a loja é pequena.

Após a visita a loja, seguimos direto para dentro da arena. Aproveitamos e compramos o Verona Card, que por 10 euros dava direito a diversas atrações na cidade. Ao entrar na arena, foi um pouco decepcionante, talvez até por já ter entrado no coliseu. E pra completar, a arena é lotada de cadeiras de madeira e de plástico, pois lá acontecem diversos espetáculos, como ópera, teatro, shows de música, etc... Uma pena que não havia nenhum espetáculo programado enquanto ficaríamos por Verona.


A visita foi bem rápida e partimos para a casa de Julieta, sim, a do Romeu. Outra dica que lemos na internet antes era pra ficar atento ao beco onde se encontrava a casa porque corria o risco de passar direto e não perceber a existência dela ali, e realmente é escondida. Com o mapa na mão, paramos no meio da rua principal e eu disse para a Priscila, parece que é aqui. Olhamos em volta e tinha um Japa tirando foto de uma parede pichada, ecco! O tal beco estava ali, lotado de gente tirando foto do lado de fora. E lá em cima do lado direito estava a varanda mais famosa do mundo, a de Julieta.


Pra ser sincero, não é nada demais. E dentro da casa, não tem nada demais mesmo. O ingresso era caro, 5 euros por pessoa, mas como estávamos com o Verona Card, não pagamos nada. Acredito que quase ninguém paga os 5 euros, porque a casa estranhamente estava vazia por dentro. Estranho porque do lado de fora tinha muita gente, inclusive na lojinha do lado oposto da casa, que tinha muito mais gente do que lá dentro. E realmente acredito que não vale a pena entrar mesmo. A casa é bem grande, com muitos cômodos, porém sem nada relevante. Por exemplo, grande parte do que tinha dentro, foi utilizada no filme Romeu e Julieta.

Antes de irmos embora, tive que tirar a tradicional foto com a mão no peito da Julieta (tipo a foto empurrando a torre de pisa). Essa foto é tão tradicional que é difícil de ser tirada, fica uma multidão aguardando em volta da estátua a sua vez. Quando alguém sai da estátua tem q ir correndo porque senão chega alguém na frente.


E a Pri teve que pichar o muro com o nosso nome, tão tradicional quanto o cadeado da ponte Milvio. Detalhe, tomou uma chamada por escrever no lugar q não podia, mas o lugar que não pode é tão pichado quanto o que pode, observem...


A pri na ponta do pé pra escrever onde não podia, e do lado esquerdo, onde podia escrever. Último detalhe, as pessoas grudam chiclete na parede e escrevem em cima, como se fosse liquid paper, na foto dá pra ver.

Saímos dali e passamos por mais uma praça Piazza Garibaldi, mais algumas igrejas bonitas e fomos para a torre dei Lamberti, na piazza dei Signori, onde tem mais uma estátua do Dante Alighieri

O ingresso também era pago, mas o Verona Card nos livrou mais uma vez. Só que fora o ingresso, poderíamos escolher subir a torre de escada ou pagar 1 euro cada um e subir de elevador. A Pri foi logo querendo economizar e falou que subiríamos de escada. Foi o 1 euro que seria mais bem pago em toda viagem. Centenas de degraus, tivemos que parar algumas vezes para descansar, enquanto o elevador, no vão da escada, subia e descia. E para ser mais doloroso, o elevador era de vidro, então volta e meia víamos o elevador subir com gente.

Chegando lá em cima, o cansaço é esquecido, a vista é maravilhosa. A bela cidade de Verona inteira, lá do alto. Valeu a subida até a torre.


E lá do alto avistamos algo que nos chamou atenção e resolvemos ir até lá. Era um enorme palácio que ficava no alto de uma montanha. Chegando perto, percebemos que seria difícil chegar até lá a pé, mas para nossa surpresa, no pé desse palácio se encontrava o teatro de Verona e o Museu Arqueológico. Finalmente a bela Verona, tinha atrações de seu nível.

O teatro romano de Verona foi construído no primeiro século depois de Cristo.
Teatro de dia...


E a noite...


O museu arqueológico era bem interessante, com diversos objetos que foram achados ali, na escavação do teatro. E para coroar a visita ao museu, tiramos fotos excelentes no final da tarde, de uma vista tão bonita quanto a da torre.


No caminho de volta para o hotel, agraciados pelo belíssimo céu que estava naquele dia, fomos curtindo cada canto de Verona e encontrando praças e igrejas igualmente belas.

Mais uma maratona e chegando ao hotel ainda vimos a Arena iluminada para fechar o interessante dia em Verona.


Após Verona, foi o dia extraordinário, que a Pri já postou aqui no blog, a inesquecível Veneza e o nosso dia também inesquecível.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Tutto bianco...

Sábado, nosso décimo terceiro dia aqui na Itália, nós voltamos para Castelnovo com a Vanna e a Glória. A viagem demorou 3h, mas dessa vez eu dormi quase o tempo todo e nem passei mal nem nada. Paramos no restaurante Funiculare (o mesmo da ida) para tomar um delicioso chocolate quente no meio do trajeto e quando chegamos em Castelnovo, a Iuna já estava nos esperando para almoçar. Comemos uma massa maravilhosa (que eu esqueci o nome, mas aprendi a receita) e depois aproveitamos a tarde na casa da Iuna, com internet para reprogramarmos a viagem.

Na foto: Thiago, Priscila, Glória, Vanna e Iuna.


Inicialmente iríamos para a Castelnovo, depois para Verona e depois para Levanto, porém a Iuna nos sugeriu que mudássemos de ordem Verona e Levanto, pois assim poderíamos seguir um fluxo e ainda irmos de carona com a Vanna e não de trem para Levanto. Aceitamos a mudança e cancelamos o hotel de Verona, mas o mesmo não tinha quarto disponível para os dias que precisávamos após a mudança... Estávamos preocupados também com a viagem de trem e com as nossas grande malas, pois não queríamos passar de novo pela experiência de trem de Roma a Reggio.

Cogitamos alugar um carro para irmos para Verona, mas tentamos conseguir um telefone de uma operadora e todas estavam fechadas no sábado à tarde. Iuna ligou para os aeroportos próximos atrás de preços e condições, mas também não conseguiu nada. Como precisávamos de respostas rápidas, pois nossa viagem era na segunda, descartamos a opção do carro.

Iuna nos sugeriu pegar emprestado o carro da Margherita, filha dela, mas ficamos com receio de acontecer alguma coisa e não aceitamos. Após muito conversar e pesquisar, acabamos optando por ir de trem mesmo, mas num Freccia Bianca (trem de alta velocidade) porque a Iuna nos garantiu que esse tipo de trem teria espaço para colocarmos as malas. Entramos no booking.com e reservamos um hotel, o San Luca, em Verona.

Essa reprogramação nos tomou a tarde toda e a Iuna já tinha um novo programa para a gente à noite: um jantar do Sci club (clube de esqui) numa cidade chamada Felina, bem próxima a Castelnovo. Fez muito frio neste dia à noite e ainda por cima começou a chover bem na hora que a gente estava indo! Mas o jantar era num lugar fechado e estava quentinho lá dentro, menos mal. Na verdade era uma reunião do clube de esqui (ao qual a Iuna, o marido e as filhas fazem parte) que tinha muito salame, pizza, torta salgada de ervas, castanhas, queijo parmeggiano reggiano e tortas doces de vários tipos... Foi nessa noite conversando sobre esqui com a Iuna que Thiago comentou que nunca tinha visto neve...

No dia seguinte, domingo, tomamos café e a Iuna nos convidou para ir a piscina! Naquele frio, nem pensar, eu respondi logo. Mas Thiago comprou a idéia e lá fomos nós para o clube... Iuna foi fazer hidroginástica e o Thiago ficou nadando na piscina... Eu fiquei no bar escrevendo um post para o blog no Ipad... Bem mais quentinho! rs

Na foto: Iuna e Thiago


Lógico que a piscina era aquecida... Na verdade tinha uma piscina bem quente, uma morna (que foi a que os dois entraram) e uma a temperatura ambiente (nem preciso dizer que essa estava fazia, né?!). Acabamos a piscina e fomos para a casa da Iuna almoçar. De lá ficamos sabendo pelo marido da Iuna que estava nevando em Passo di Pradarena, um lugar nas montanhas, a mais ou menos 1h de Castelnovo. Iuna perguntou se queríamos ir paralá. Lógico que sim, respondemos prontamente! Ela falou para pegarmos o nosso casaco mais pesado, cachecol, luva e gorro e lá fomos nós para Pradarena!

Iuna foi no carro toda feliz em "apresentar" a neve para o Thiago! Enquanto dirigia, ela ia nos contando sobre a altura que chega a neve no inverno, sobre o frio, sobre as montanhas...

Segue um vídeo da subida... (Ao fundo Iuna explicando sobre a neve)

Subimos, subimos, subimos... 1500m mais ou menos é a altura de Passo di Pradarena.


A medida que subíamos, começávamos a ver a neve branquinha nas árvores e no chão. Quanto mais subíamos, mais neve pela frente.

Por fim chegamos ao albergue e restaurante Carpe Diem... Que lugar lindo! Ao sairmos do carro (que friooo!) fomos recepcionados pelo Fausto (marido da Iuna) com uma bolinha de neve na mão falando que aquela era uma neve nova, que não era boa e tal...

Thiago foi pegar na neve sem luva... Quase congelou! rs









Tiramos umas fotos, vimos um pouquinho a neve e rapidamente entramos no Carpe Diem para tomar um chocolate quente delicio
so! Pela janela do salão observávamos a neve... Muito legal!




Saímos de Pradarena e a Iuna nos levou numa fábrica de queijos para vermos a fabricação de um Parmeggiano Reggiano verdadeiro... Muito interessante e que vontade de comer todos aqueles queijos! Obviamente compramos alguns pedaços para levar pro Brasil...


Retornamos a casa da Iuna e antes do jantar ela ligou para todos os parentes que eu tenho na Itália que não tive a oportunidade de conhecer e lá fui eu desenrolando no italiano com todos eles... Mas a essa altura, falar no telefone é moleza! rs

Depois dos telefonemas, jantamos um delicioso risoto com a companhia da Chiara (a mesma que nos levou as Cinque Terre) e foi assim que nos despedimos de Castelnovo.

Voltamos para a casa da Vanna, arrumamos mais uma vez as malas e fomos dormir... estávamos chegando a metade da viagem e já tínhamos vivenciado tanta coisa boa e diferente... Só de pensar dava vontade de voltar no tempo e viver tudo de novo...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Uma passegiata na Liguria e uma na Toscana...

Na sexta dia 15, estávamos muito cansados da correria dos dias anteriores e já tínhamos visto tudo da Liguria que estava nos nosso roteiro, então resolvemos dormir mais um pouco, porque afinal de contas, ainda temos muita viagem pela frente! =)

Quando saímos de casa estava quase na hora do almoço e resolvemos alugar bicicletas para fazermos uma passeio pelas galerias de Levanto a Bonassola. Várias pessoas tinham indicado essa bela passegiata e queríamos conferir.


Bonassola é uma cidade pequenininha, bem menor que Levanto, com uma praia bem bonita, uma pracinha com uns restaurantes, uma torre com um grande relógio, uma igreja e só.


Depois do divertido passeio de bicicleta, retornamos a Levanto para almoçar. Comemos um delicioso gnocchi ao molho gorgonzola e de sobremesa crepe de nutella, delicioso!

Durante o almoço, enquanto conversávamos sobre o que fazer à tarde, resolvemos pegar o trem de Levanto (Liguria), para Pisa (Toscana). Parece loucura, mas é razoavelmente perto de trem... Levamos 1:30h no trajeto, sem contar com a troca de trem em La Spezia e chegamos em Pisa era pouco mais de 17h.

A cidade de Pisa é bem bonitinha e para chegarmos a Piazza dei Miracoli, onde fica a torre pendente e a Duomo, passamos por uma rua que parecia concentrar todas as lojas interessantes da cidade.


Mas como nosso passeio começou meio tarde, não paramos em nada, queríamos ver a torre antes de escurecer!

Quando chegamos a Piazza dei Miracoli, a primeira impressão que tivemos da torre foi que ela parece ser bem maior do que realmente é.

Andamos na praça, vimos dezenas de pessoas tentando tirar a famosa foto empurrando a torre, tiramos as fotos empurrando a torre (rs) e percebemos que de alguns ângulos ela parece ser bem mais inclinada que de outros.




















É curioso ver aquela torre torta no meio da praça. Segue uma foto que tiramos do pé da torre, que dá para visualizar o quão torta ela é!


A praça, Piazza dei Miracoli, é muito bonita. A igreja Duomo é bem grande e imponente, mas nem quisemos pagar para entrar, porque tínhamos pouco tempo antes das 19h (quando fechava tudo na praça).


Compramos uns postais e o ingresso para subir na torre. A subida é muito estranha porque as escadas têm o degrau super inclinado, então enquanto a gente sobe, uma hora é meio que "jogado" para o centro, uma hora é meio que "jogado" para o lado. Na subida tem até uma placa avisando para ter atenção aos degraus, com uma figura bem ilustrativa do que pode acontecer! rs


Sem contar os degraus, demos várias voltas rodando para chegar lá em cima... Isso foi para eu pagar a língua e parar de falar que a torre não era alta! rs


Chegando lá em cima da torre, tem a vista da cidade, que é belíssima! Como o dia estava meio nublado e já estava quase escurecendo, nossas fotos não conseguiram captar a beleza da vista!


Algumas pessoas do grupo que subiu com a gente ficou com medo de ir até o último andar e dar a volta na torre, mas nós fomos e ainda ficamos brincando lá em cima. Tiramos várias fotos engraçadas, fizemos vídeozinhos...
Lá de cima, do último andar é que dá para perceber bem o quanto é inclinada a torre. Tentamos fotografar isso, mas não deu para ter a impressão real, só indo a Pisa e subindo na torre mesmo!

Quando terminamos nossa visita a torre, já era tarde, o comércio estava fechando e já tínhamos visto basicamente tudo da cidade! Fomos procurar um restaurante que tivesse wi fi para confirmarmos o hotel de Verona e atualizarmos o blog e achamos um que segundo o garçom, tinha wi fi em uma mesa apenas, a mais perto da rua. Achamos isso muito estranho e o garçom rapidamente explicou que o restaurante não tinha, mas aquela mesa poderia ter, porque o amigo dele que tem uma loja do outro lado da rua (uma delicatessen), tem wi fi e ele poderia nos passar a senha. Simples assim! rs
A essa altura, já acostumados com as coisas surreais que parecem só acontecer na Itália, sentamos na tal mesa e realmente conseguimos nos conectar com a senha do amigo do garçom e tudo caminhou bem até a hora que um carro resolveu estacionar em frente ao restaurante e bloqueou o nosso acesso a internet! Detalhe que em frente ao restaurante tinha uma faixa branca, demarcando a travessia de pedestres, mas isso não pareceu importar muito o motorista. Já que não tínhamos internet, resolvemos nos apressar para pegar o trem e retornar para Levanto.

Chegando na casa, já depois das 23h, super exautos, a Vanna nos esperava com uma tarefa... A Iuna tinha pedido a ela para anotar as medidas da janela do banheiro e a Vanna nos aguardava para ajudarmos na "operação". Estou chamando de "operação" porque realmente foi... Era só uma janela e Thiago foi medindo com a minha ajuda e a gente foi passando as medidas para ela. A tarefa da Vanna era só anotar, mas ela fazia uma confusão e perguntava de novo o que era o que, parecia o programa do Chaves! No fim das contas, Thiago desenhou a janela e colocou as medidas, porque senão a gente não ia terminar a "operação" nunca!
Mas a essa altura, já estávamos acostumados com a Vanna e não conseguíamos nem ficar chateados, só ríamos da situação. A Vanna é uma senhora de 70 e muitos anos, muito bem para a idade dela... Dirige, sabe usar celular (e inclusive mandar torpedo!) e é bem ativa...

Terminamos de medir a janela e tínhamos mais uma tarefa nada agradável... Arrumar as malas, pois partiríamos de Levanto para Castelnovo no dia seguinte pela manhã...

domingo, 24 de outubro de 2010

Maratona mediterrânea

Como estamos um pouco atrasados com os posts, vamos tentar fazê-los sempre contando dois dias em um único post.

Genova estava nos nossos planos desde o início, porém não sabíamos que lá tinha um dos maiores aquários europeus. Quando a Iuna nos contou sobre a existência dele, na mesma hora aceitamos a idéia, só que ela já havia feito o planejamento pra gente, rs. Iríamos ao aquário de 11h até umas 14h, almoçaríamos por ali e depois encontraríamos com a Mônica, filha de uns primos distantes da Pri. Essa idéia nos desagradou um pouco, porque queríamos planejar o nosso próprio tempo, mas fomos numa boa.

Porém deu tudo errado, quanto ao planejamento da Iuna. Acordamos no horário certo, pegamos o trem correto, mas ao chegarmos na cidade, ficamos meio perdidos, acho até que o frio, com um vento que vocês não tem idéia, nos deixou desnorteados. Nāo conseguimos achar nenhum ponto de informação e por consequência não pegamos um mapa de Genova.

Aquário

Tivemos que começar a nossa saga perguntando como chegar no aquário. Descobrimos o número e lá fomos nós para a fermata, parando ainda no caminho para comer um panino e um corneto de quiosque de rua (estava ruim).

Ônibus correto, frio intenso e chegamos ao aquário, só que óbvio que não eram 11h da manhã, já passava de 13h. E ao ver o tamanho do aquário, pensamos: não vai dar tempo de seguir a programaçāo da Iuna e encontrar a Mônica, e aí?!? O preço do ingresso nos deu a resposta, decidimos curtir o aquário e ligar para Iuna avisando que ficaríamos até umas 17h lá dentro.
Mais uma tarefa para Priscila, que nesse momento da viagem já estava soltinha no italiano (e no samba também, né).

Exploramos o aquário, vimos diversas espécies interessantes, mas acho que não foi o que a gente esperava. Pelo seu status de maior da Europa, se não me engano, e pelo preço salgado, o aquário ficou devendo algumas coisas grandiosas, como de repente um tunel de "aquário", ou um mega aquário com coral.


Logo depois emendamos no museo do mar, que fica ao lado do aquário. Na verdade, existe um complexo "aquático" de atrações localizado nessa área. O museo foi bem interessante, pricipalmente as áreas interativas. Em uma delas, ganhamos um passaporte e uma passagem para ter uma experiência nos barcos de imigrantes da Itália, sensacional!


Após o museu, entramos em um submarimo que ficava nesse mesmo complexo e foi também bastante interessante.


Na saída, a Iuna ainda insistia que encontrássemos a Mônica, então lá foi a Priscila desenrolar com as duas e combinar o que seria feito. Mas houve mais um desencontro e a Mônica já tinha ido embora. Então aproveitamos um mapa que pegamos no museu e fomos conhecer a cidade, isso às 18h.

Por sorte, nesse mapa tinham 4 rotas turísticas, pegamos as duas melhores e fizemos. Gênova realmente é uma bela cidade, apesar de não entrarmos em nenhuma igreja ou museu, curtimos bastante a cidade.


No final do dia, pegamos um trem para Levanto e jantamos uma péssima pizza comprada na estação. Foi por falta de opção, mas quando compramos parecia interessante.

Portovenere

Acordamos no dia seguinte com a intenção de explorar as cidades de La Spezia, Lerici e Portovenere. Só que a estação de trem nos deixava em La Spezia e as outras cidades só tinham acesso de carro ou onibus, e em lados opostos.

Descemos em La Spezia e fomos dar um giro pela cidade. Não achamos muito interessante e resolvemos não perder muito tempo ali. Pegamos o ônibus para Portovenere rapidamente e para nossa surpresa a cidade era espetacular.


Ao estilo Cinque Terre, ela ficava na beira do mar, com paisagens espetaculares e no alto, um castelo medieval que tinha uma vista extraordinária, que rendeu várias fotos.

Após o castelo descemos e paramos em um restaurante a beira mar que surpreendentemente não era caro, pelo menos como imaginávamos ao chegar. Risoto de frutos do mar, peixes, salada, vinho da casa e água esse foi o nosso pedido a beira mar.


Com a barriga cheia, fomos fazer a tradicional passegiata à beira mar e no final tinha uma bela igreja, não pela sua arquitetura, mas pela sua posição geográfica. A foto abaixo foi tirada do castelo medieval.


Na volta, indo para a piazza onde o onibus partia, tomamos um belo sorvete, daqueles que só tem aqui, extremamente saborosos.

Já anoitecendo, fomos para a estação de trem de La Spezia retornar para Levanto. E Lerici? Ah, já estávamos satisfeitíssimos com o nosso passeio em Portovenere e voltamos felizes para casa.

Como chegamos relativamente cedo em Levanto. Passamos no Casino, nosso restaurante predileto na cidade, não só por ser o único lugar com wi-fi, mas por ter um espaço aconchegante com música (lounge), comida boa e bem barato.

Muito felizes com o dia, fomos para casa contar o nosso dia para a Vanna, que estava sempre vendo tv e nos aguardando.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Alle cinque...

Depois do post extraordinário, voltamos a programação normal! Obrigada a todos pelo carinho, estamos muito felizes!

Segunda, dia 11/10, acordamos cedo e fomos com a Vanna e mais uma amiga para Levanto, um lugar de praia banhado pelo mar Mediterrâneo. A Iuna tem uma casa de veraneio e ficamos hospedados na casa dela para conhecermos a região litorânea da Ligúria. Em Castelnovo estava muito frio, mas a previsão do tempo dizia que faria sol nos próximos dias e apostamos nisso!

A viagem durou quase 3h horas, a Vanna e a amiga revezavam o voltante, mas ambas andavam muito lentamente (Mãe, perto delas você anda super rápido! rs). A estrada era muito cheia de curvas e eu acabei ficando enjoada e parecia que Levanto não chegava nunca!

Por fim chegamos e o tempo estava super fechado e muito frio. Como a casa é de veraneio, quando chegamos a luz, a água e o gás estavam desligados. O zelador do prédio estava de folga e lá fomos nós dois e a Vanna descobrir onde ligava tudo. Depois de algum tempo e de muitas ligações para a Iuna para pedir ajuda, conseguimos. Almoçamos e eu e Thiago decidimos dar uma volta para conhecer Levanto.




Nosso primeiro contato com o mar Mediterrâneo foi meio tímido por causa do frio, mas valeu a pena! Levanto é uma cidade 'picola' e rodamos tudo procurando algum lugar que tivesse internet. Não achamos nada. Também era uma segunda feira de outono e tinha bastante coisa fechada, nossa esperança era que na terça encontrássemos algo aberto com internet.

A filha do casal amigo da Iuna que nós conhecemos no jantar em Castelnovo estava em Levanto e a Iuna sugeriu que no dia seguinte fóssemos conhecer as Cinque Terre com ela, já que ela trabalhava em uma das cidades e conhecia tudo. Aceitamos.

Na terça acabamos perdendo a hora e encontramos com a Chiara um pouco mais tarde que o combinado. E lá fomos nós, num dia lindo de sol no trem rumo a Riomaggiore. chegando lá: Molto bella!




É uma cidadezinha bem pequena, toda construída na vertical na beira do Mediterrâneo. A primeira impressão das Cinque Terre foi a melhor possível. Andamos a cidade toda e depois fomos fazer a caminhada na Via dell Amore, um passeio maravilhoso, recomendo a todos!




A caminhada vai passando pela costa e leva de Riomaggiore a segunda das Cinque Terre, Manarola. A Via dell Amore, passa pela Galeria dell Amore e depois pelo banquinho dell Amore. A Itália é um lugar muito romântico mesmo! A Via delle Amore é cheia de cadeados assim como a ponte Mílvio em Roma. Mas como a gente já tinha trancado nosso cadeado em Roma, selamos nossa união com um beijo no banquinho dell Amore (devidamente registrado na foto)



Manarola também é bem bonita e por ser pequenininha, passa uma sensação muito boa, de lugar aconchegante! E a cor da água então, nem se fala! Babem!




Almoçamos deliciosos frutos do mar em Manarola e depois pegamos um trem e fomos conhecer a terceira das Cinque Terre: Corniglia. De novo uma ótima impressão, belíssima! Corniglia fica toda no alto, então pegamos um ônibus do Parco Nazionale, já incluído no ingresso para não ter que subir os muito degraus a pé!





Depois de conhecermos Corniglia, os cultivos de uva todos na vertical e o carrinho usado para subir com a uva colhida, tomamos um gelato artigianale simplesmente maravilhoso! Sem dúvida o melhor sorvete que eu já tomei na vida! E descobri que cioccolato fondente (chocolate amargo) é disparado o meu sabor de sorvete preferido!

De Corniglia pegamos o trem para Vernazza, a quarta das Cinque Terre. A mais linda de todas na opinião de nós tres (eu, Thiago e Chiara).




Quando saímos de Vernazza já eram 18:30h e quando chegamos a última das Cinque Terre já anoitecia. Monterosso al mare é a maior das cinco e a que possui maior número de hotéis e mais estrutura. É também a única que tem espaço para construções na horizontal. Bellissima!




Depois de conhecermos as Cinque Terre e de andarmos o dia inteiro, estávamos bem cansados. Pegamos o trem rumo a Levanto, nos despedimos da Chiara e fomos para um restaurante muito bom que possuia internet, o Casino.

Chegamos em casa muito cansados de toda a caminhada e a Vanna cismou que o escaldamento não estava funcionando direito, o que nos rendeu 1h de muita paciência, pq ela mexia na temperatura, mas não esperava um tempo para que surtisse efeito, aí ia lá e mexia de novo e reclamava que era frio... A gente lá mega cansados, querendo tomar um banho e dormir, e ela falando que era frio, que a caldaia não funcionava! No fim das contas, isso nos rendeu boas risadas nos dias seguintes e fizemos até um rap do chè caldo, chè fredo depois disso!

Como estou postando usando um aplicativo do iPad para o Blogger e o primeiro login foi feito com o usuário do Thiago, não consigo trocar o nome de usuário, então vai aparecer Thiago, mas na verdade é a Priscila. =)


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Para tudo, post extraordinário!


A gente tá um pouco atrasado nos posts porque semana passada estava muito difícil de conseguir internet e para dar prosseguimento as nossas andanças, hoje seria o post do dia 11-10, mas temos uma novidade importante demais, que a gente não vai conseguir manter em sigilo até o blog ser atualizado, por isso pularemos alguns dias só para esse post e depois retornaremos a programação normal! =)

Hoje, 19-10, eu e o Thiago fazemos 4 anos e meio de namoro e resolvemos comemorar em Veneza!


A cidade é muito bonitinha e lotada de turistas e lojinhas interessantes!

As lojas de máscara são um luxo só! Caríssimas e com certificado de autencidade! São verdadeiros ateliês, onde nem foto se pode tirar! Ficamos tão encantados que acabamos comprando uma máscara veneziana para enfeitar a sala da nossa futura casa. Thiago se empolgou tanto que comprou uma outra toda branca para fazer uma máscara veneziana em casa (Norma, com certeza vai sobrar para você! rs).


As lojas de vidro também são outra atração, cada artigo mais lindo que o outro! Não dava para comprar muita coisa em vidro porque isso dificultaria muito nosso transporte, mas ficamos muito tentados!

Outra coisa que vimos muito foram as confeitarias, lotadas de pães, chocolates, rosquinhas e doces... Dava vontade de comer tudo! Compramos uma rosquinha maravilhosa...!


Como todo destino turístico muito famoso, tudo em Veneza é pago e é caro! Chegamos e fomos direto ao centro de informação turística pegar um mapa... 2,50! Em todas as outras cidades que visitamos (Roma inclusive) o mapa era dado aos turistas. Banheiro 1,50. Absurdamente caro em euro, se converter para real então, nem se fala!

Passeamos bastante por Veneza... É muito curioso ver as pessoas fazerem tudo de barco...


A principal praça, a Piazza San Marco, onde fica a Basílica com o mesmo nome, é muito ampla e bonita! Tem vários restaurante e alguns deles tem um palco pequeno com música ao vivo...


Quando chegamos na praça estava tocando tango em um dos palcos... Encantador! A praça estava com o piso todo molhado e a gente teve a impressão de que quando a maré está alta, ela fica com água. Isso se comprova pelo fato de ter galocha de chuva (para não molhar os pés) vendendo em todos os lugares. Ainda bem que a maré estava baixa e não tivemos maiores problemas com a água.

Visitamos a Basílica de San Marco que é do século X e bastante imponente! Cheia de mosaicos e com um painel de ouro muito interessante.


Almoçamos num restaurante próximo a Piazza... Comemos mal e pagamos muito! Na verdade, depois de 16 dias comendo massa, a genteestá sentindo muita falta do arroz com feijão e da carne! Na Itália se come muito, mas é muita massa! A gente não vê a hora de entrar numa churrascaria! rs Hoje para comer um bife do boi, um de porco e batatas fritas, pagamos 50 euros, ou seja: mais de 100 reais! Enfim...

Depois do almoço fomos conferir o passeio de gôndola... Caríssimo, mas a gente já esperava que fosse mesmo... Mas estávamos em Veneza e não podíamos deixar de conferir o passeio mais famoso e tradicional da cidade!

Fomos para o cais das gôndolas, esperamos na fila a nossa vez e lá veio o gondoleiro Francesco, com a gôndola Luna nos buscar. O passeio dura uns 35 minutos e a gente passa por canais super estreitos com a gôndola.


O Francesco, misturando italiano e espanhol (muita gente aqui acha que a gente fala espanhol) foi nos falando sobre alguns dos pontos turísticos da cidade enquanto conduzia a gôndola e eis que assim, neste pais super romãntico, nesta cidade que dispensa comentários e neste clima mágico, que eu fui pedida em casamento! =)


Isso mesmo, depois de colocarmos o cadeado na Ponte Mílvio e termos feito a caminhada na Via dell`Amore nas Cinque Terre, lá estava o Thiago na minha frente com a caixinha contendo as alianças que a gente havia escolhido há algum tempo atrás, com os nossos nomes gravados... Preciso dizer mais alguma coisa?

Se eu tivesse sonhado com esse momento, ele não seria tão mágico e especial quanto foi! Se eu tivesse que voltar no tempo e mudar alguma coisa, nada mudaria, pois foi perfeito!
O Francesco (gondoleiro) falou que a gôndola Luna é novinha em folha tinha 2 dias de uso e a gente era o primeiro casal de namorados naquela gondola, e falou que esperava que isso fosse sinal de sorte para nós e para ele! E que assim seja...!


Thiago se animou, cantou na gôndola e tudo! Não fui só eu que me revelei na festa da castanha não! rs Abaixo o vídeo! (O gondoleiro ajeitando a roupa é só um detalhe! rs)


Depois do passeio de gôndola, neste clima felizes e apaixonados, andamos mais um pouco, pegamos o Vaporetto, passeamos mais um pouco, compramos mais um pouco...

Chegamos ao hotel super cansados, mas com um sorriso que não quer sair dos lábios! =)